13 de jan. de 2008

Caminhada trecho Juquitiba até Santa Rita



Caminhada trecho Juquitiba até Santa Rita

Saimos de Juquitiba pela manhã, por volta das 09:00 hs, decidimos que iríamos por trecho alternativo, a quilometragem variava segundo alguns informantes, teríamos 20 km, e fomos, estradinha de terra, sombra e muitas águas de formas variadas, lagos, riachos cachoeiras, depois de ums 03 km, o café da manhã foi sobre a ponte do Rio Juquiá, em meio a mata, paisagem de deixar qualquer um estarrecido ao vislumbrar aquela natureza toda para nosso desfrute. Toalha estendida no beiral lateral da ponte, mas antes enquanto o carro de apoio não chegava, grande parte do grupo começou a desbravar aquele paraiso, alguns caminhavam, outros mergulhavam, alguns tomavam um sol, para um bronze, sobre as pedras da cachoeira.

Experiências inesquecíveis e inéditas, momentos de romper barreiras interiores, medos, e dai alguém ousa a praticar tiroleza e lá vai um , dois e ai a farra “chibummmm”, aquela água presentiada por todos os deuses, merecida para refrescar os corpos cansados e suados da caminhada, a beleza do rio, desfrute único, pela frente ainda o dia todo com mais 12 km a caminhar sobre um sol escaldante que no asfalto que nos esperava representaria 40 graus, , conversas, fotos, todos alimentados seguiamos para Santa Rita depois da Serra.

No percurso recebemos a ligação de que conseguimos um local para ficar em Santa Rita.

Este dia foi uma excessão no trajeto, teríamos que atravessar a serra de carro, por uma medida de segurança, haviam muitos trechos sem acostamento, comprometendo a caminhada e assim foi feito, os dois carros de apoio desceram até Santa Rita, transportando as pessoas, enquanto a outra turma aguardava num posto o retorno, percurso demorado 32 km, ida e volta 64 , mas quem foi a frente pode já ir preparando a limpeza do local e o almoço, neste lugar não havia nada programado, rapidamente fizemos contato com um mercadinho e ai fizemos um belo churrasco na quadra de esportes do vilarejo, todos chegaram, causando muita curiosidade aos moradores daquela comunidade.

Passamos para a outra pesquisa do lugar, conhecer os moradores e os lugares, as crianças foram os primeiro a aprecer no alojamento, mas uma em especial nos adotou, o Enio, que passou a nos dar toda as informações da cidade e nos levou para conhecer o Rio, ali pertinho no final da rua, e ai fomos seguinndo uma trilha e lá estava uma beleza dque traz a tona uma compreensão mínima do que é viver naquele vilarejo ao lado do rio, o desprendimentos dos meninos caindo na água, a tiroleza novamente presente, aquele barro , beleza......

A equipe do cinema prepara a apresentação de filme na parede do alojamento, as poucas pessoas vão passando e ficando, estamos na rua mais movimentada dentre as pouco mais de 03 existentes, pessoas sentam-se na calçada e assistem de lá mesmo, as crianças são o maior público, alguns jopvens sentados em suas bicicletas, assistem da rua a sessão de curtas metragens exibidos, alguns do grupo dirigem-se aos espectadores conversando sobre os propósitos da expedição.

Surge a pessoa que articulou a nossa estadia no vilarejo de Santa Rita, ao pé da serra, o Vereador Bicoito, e então vamos conversando com esta pessoa simples demais, frentista de um posto de gasiolina, vai nos relatando muitas histórias sobre aquele lugar, seus modos e costumes, aquela gente ali do Vale, do pé de serra, regados a cerveja do barzinho do pai do menino Ênio, a conversa vai fluindo, e o cansaço vai afastando os caminhantes para o descanso, pois no dia seguinte partriamos para Miracatu, com 28 km a nossa frente para ser alcançado, novo lugar, novas pessoas, novas histórias e a natureza entrando gente a dentro, purificando nossas almas, valores e construção interior, conhecimento se emaranhando as nossa indagações e assim seguimos cansados, mas com um ânimo absoluto diante de nossas buscas, e segue a Expedición Donde Miras .
Salve!!!

Diane - Caminhante da Expedição


2 comentários:

David da Silva disse...

Diane. Comparei teu irmão a Padre Anchieta e a Luiz Carlos Prestes, que meteram o pé na estrada pra revelar este estupendo Brasil. Agora te ponho à altura dos grandes cronistas como Pero Vaz de Caminha e Pigafeta, o escrivão da expedición de Fernão de Magalhães.
Lendo você, é possível até imaginar o perfil ímpar deste garoto Ênio. Eu conseguí enxergar os rapazess de Santa Rita vendo o filme sentados nos selins das bicicletas.
Já vá pensando na capa do teu livro que vai vender igual ao pior pastel de Sampa.
David da Silva

Anônimo disse...

Tão longe...
Tão perto...
Experiência única que vcs generosamente compartilham conosco!
Nem preciso dizer aqui da dimensão que esta "empreitada" está semeando na vida de todos que estão vivendo este momento (os andantes, os hosts, os observadores ou como diria o Binho: os observantes).
Uma vez, meu pai me disse: não deixe de plantar um pé de jabuticaba só porque vai demorar pra ele dar frutos! Quando ele começar a frutificar, nunca mais vai parar e vamos ter que arranjar um monte de gente pra apanhar as frutas, pois vão ser tantas, que a gente não vai dar conta delas.......
Vcs não imaginam quantas jabuticabeiras estão plantando por onde passam!
Estou com vcs!!!
Edmar