25 toneladas!
25 mil quilos soterram o pequeno homem de sonhos minúsculos,
Porém, grandes demais pro tamanho de seu mundo
250 quilômetros andou em círculo o pequeno homem até seu túmulo
Nunca levou um golpe de sorte em toda sua vida o pequeno homem
Mas em um só dia de Sol a Sol e 24.250 golpes o levaram.
Sobre ele, sete palmos de terra e vinte cinco toneladas de álcool que não embriaga
E açúcar que não adoça.
Vinte cinco toneladas de cana soterram o pequeno homem de sonhos tão minúsculos
Que eram invisíveis aos olhos do dono das toneladas.
Renato Palmares
1 de jul. de 2009
O pequeno homem soterrado
Postado por EXPEDICIÓN DONDE MIRAS às quarta-feira, julho 01, 2009
Marcadores: cana de açucar, Poesia, renato palmares
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1 comentários:
Nossa,
Achei comovente este poema.
Li outro dia no blog do Gunnar.
Fiquei lembrando dos documentários que assistimos e mostram crianças, pequenos homens, homens pequenos, na labuta diária... cortam e cortam canas.
Palmares, você foi sensibilérrimo.
Beijos,
Dora.
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