25 de fev. de 2008

Expedición Donde Miras

18 de fev. de 2008

Visita ao Quilombo de Ivaporunduva


Saímos de André Lopes, um bairro do município de Eldorado, rumo à Iporanga, depois de caminhar por 3km's em uma estrada de terra, chegamos à beira do rio Ribeira tinha que atravessar o rio de barco para chegar ao Quilombo. Fomos guiados por Alda ela estava com a gente em André Lopes e nos ensinou o caminho, também nos apresentou ao guia do barco, tinhamos que ter permissão para entrar e Alda mora lá desde que nasceu, ela era nossa ponte.


Atravessar o rio Ribeira foi uma emoção sensacional, fantástica! Depois de caminhar dias sob sol escaldante, estar ali sentindo de perto a imponência, força e extensão do rio Ribeira, no pequeno barco que rapidamente nos atravessava em pequenas quantidades (éramos 22 pessoas) com a garoa fina e constante que refrescava nossos corpos e nossos corações, foi mais um dos momentos mais felizes dessa caminhada.

Não demos muita sorte em encontrar os representantes, por ser segunda-feira de manhã, todos tinham ido trabalhar. Bico um moço inteligente e muito bem instruído era um dos representantes que nos recebeu. Tivemos um bate-papo sentados nos bancos de uma Igreja de 400 anos, construída pelos escravos quando começaram a formar o Quilombo. Nessa mesma época, Luiz Gama com sua experiência em advocacia ajudava os escravos obterem suas cartas de alforria.

O Quilombo de Ivaporanduva sobrevive até hoje por haver muita resitência em defesa da terra e dos direitos, enquanto comunidade quilombola, tudo é decidido em assembléia, não existe presidente e nem chefe, mas sim uma coordenação, esta é a forma deles viverem em comunidade. A terra é de todos, todos são donos.

Tula Pilar

14 de fev. de 2008

Video Slide do Caminho


TRECHO A


TRECHO B

"Queremos construir una vida mejor para nuestro pueblo" Castellano BBinho...


FOTOGRAFIA
Kátia Portes Leão
Suzi Aguiar

MÚSICA
Gotan Project
Queremos Paz

REALIZAÇÃO
Arte na Periferia
Expedición Donde Miras
Coletivo Epidemia


"Queremos Paz"

12 de fev. de 2008

EL CAMINO DE PEABIRU


As civilizações se fizeram pelas rotas. Por elas se aculturaram povos, se enriqueceram nações, se conquistaram mundos. Nem todas as rotas, porém, permanecem vivas. Algumas, sim, permanecem, pelo menos na memória de suas gentes. Outras, resgatadas, continuam guiando seus povos a caminho de novos sonhos, novas riquezas, adaptadas aos novos tempos.

O Caminho de Peabiru era uma “estrada” milenar, transcontinental que ligava o oceano Atlântico ao Pacífico, atravessando a América do Sul, unindo quatro países. No Brasil, passava por Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e depois seguia para Paraguai, Bolívia e Peru, cortando mata, rios, cataratas, pântanos e cordilheiras.

O caminho, no Brasil, começava em São Vicente ou Cananéia, no litoral paulista, cruzava o Estado do Paraná de Leste a Oeste, penetrava no chaco paraguaio, atravessava a Bolívia, ultrapassava a Cordilheira dos Andes e alcançava, finalmente, o sul do Peru e a costa do Pacífico. Este era o chamado tronco principal, mas havia vários ramais. Um deles cruzava o rio Paranapanema, na divisa entre São Paulo e Paraná, onde segundo a historiadora Rosana Bond, baixava o sul quase em linha reta, passando pelas atuais cidades paranaenses de Peabiru e Campo Mourão. Outro ramal dava no litoral de Santa Catarina e outro, ainda, provavelmente, no Rio Grande do Sul; ao todo tinha aproximadamente 3 mil km de extensão, possuía oito palmos de largura (cerca de 1,40 metros) e aproximadamente 0,40 centímetros de profundidade. Para evitar o efeito erosivo da chuva, a trilha era forrada com vários tipos de grama, que também impediam que a via fosse tomada por ervas daninhas. O professor Moysés Bertoni, pesquisador da cultura dos índios guaranis, afirma que a grama foi plantada apenas em alguns trechos, mas as sementes que grudavam nos pés e nas pernas dos viajantes acabaram estendendo o revestimento aos demais trechos.

Segundo o professor Moysés Bertoni, o Peabiru é algo fantástico por seu tamanho, sua função e suas características, diz; ainda que até hoje a civilização moderna não conseguiu construir nenhuma rodovia ou ferrovia ligando os dois oceanos de ponta a ponta.

A verdadeira história do Peabiru, segundo estudiosos ainda é um mistério, uma das teorias mais aceitas é que o caminho é a menor e melhor rota entre os oceanos Atlântico e Pacífico, tendo um importante papel no intercâmbio cultural e na troca de produtos entres as nações indígenas. Dizem ainda que foi aberto pelos guaranis em busca constante de uma mitológica "Terra sem Mal", aconselhados pelos seus deuses - base da religião guarani. Esse território mágico seria a morada dos ancestrais, descrito como o lugar onde as roças cresciam sem serem plantadas e onde a morte era desconhecida. Segundo o professor Samuel Guimarães da Costa, o Paraná seria esse "Nirvana" indígena e o Peabiru uma espécie de caminho santo que percorria o paraíso perdido, (para os índios, o Paraná se chamava Guairá, que em tupi-guarani quer dizer "terra da eterna juventude)”.

Fonte: www.caminhodepeabiru.com.br


9 de fev. de 2008

Comemoração da volta



Hoje as 21hs todos os caminhantes estarão no
bar do Binho para comemorar e muito
a volta à São Paulo.

Todos vocês que acompanharam
a expedición estão convidados
a comparecerem no B.Binho.

O Bar do Binho fica na
Av. Avelino Lemos Jr. 60
ao lado da Faculdade Uniban.



Quando se realiza um sonho
um outro maior virá ocupar
o seu lugar.





4 de fev. de 2008

Fotos do Caminho

E a caminhada continua!


Donde Miras?


Goto e Alisson na TV!


Donde Miras e Goto, que nos recebeu na sua casa em Curitiba!


Miguel


Primeira parada em Curitiba: Borracharia do Sr. Ivo!



Um vinho do Sítio do Caqui ( da cidade de Colombo, onde ficamos alojados antes de partir rumo a Curitiba) pra comemorar!

Comemoração da chegada a Curitiba!


Era esse o céu de Curitiba que nos aguardava. CURITIBA, chegamos!

Fotos: Kátia Portes Leão

Fotos do Caminho

O beijo


Olhos de Alice


Chimarrão: boa prosa com moradores do caminho para Bocaiúva






Curitiba que nos aguarde, estamos quase chegando...


Fotos: Kátia Portes Leão

Fotos do Caminho


Galera Donde Miras em Bocaiúva do Sul











Fotos: Kátia Portes Leão